Hoje 26 de março, é comemorado o Dia Mundial de Conscientização da Epilepsia.
Atualmente, 50 milhões de habitantes são portadores e, em todo ano, surgem 2,5
milhões de casos novos. No país, a população que sofre desta doença está em 3
milhões, o que equivale a 3%.
Por mais que exista preconceito acerca da doença, a epilepsia é mais comum do que se imagina. Segundo dados do coordenador do Departamento Científico de Epilepsia da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), dr. Luciano de Paola, 250 milhões de pessoas no mundo terão uma crise na vida.
Por mais que exista preconceito acerca da doença, a epilepsia é mais comum do que se imagina. Segundo dados do coordenador do Departamento Científico de Epilepsia da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), dr. Luciano de Paola, 250 milhões de pessoas no mundo terão uma crise na vida.
É uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, que
não tenha sido causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos e se
expressa por crises epilépticas repetidas.
Causas
A causa pode ser
uma lesão no cérebro, decorrente de uma forte pancada na cabeça, uma infecção
(meningite, por exemplo), neurocisticercose ("ovos de solitária" no
cérebro), abuso de bebidas alcoólicas, de drogas etc. Às vezes, algo que
ocorreu antes ou durante o parto. Muitas vezes não é possível conhecer as
causas que deram origem à epilepsia.
As crises epilépticas podem se manifestar de diferentes maneiras:
A crise convulsiva é a forma mais conhecida pelas pessoas e é
identificada como "ataque epiléptico". Nesse tipo de crise a pessoa
pode cair ao chão, apresentar contrações musculares em todo o corpo, mordedura
da língua, salivação intensa, respiração ofegante e, às vezes, até urinar.
A crise do tipo "ausência" é conhecida como
"desligamentos". A pessoa fica com o olhar fixo, perde contato com o
meio por alguns segundos. Por ser de curtíssima duração, muitas vezes não é
percebida pelos familiares e/ou professores.
Há um tipo de crise que se manifesta como se a pessoas estivesse
"alerta" mas não tem controle de seus atos, fazendo movimentos
automaticamente. Durante esses movimentos automáticos involuntários, a pessoa
pode ficar mastigando, falando de modo incompreensível ou andando sem direção
definida. Em geral, a pessoa não se recorda do que aconteceu quando a crise
termina. Esta é chamada de crise parcial complexa.
O tratamento das epilepsias é feito através de medicamentos que evitam
as descargas elétricas cerebrais anormais, que são a origem das crises
epilépticas. Acredita-se que pelo menos 25% dos pacientes com epilepsia no
Brasil são portadores em estágios mais graves, ou seja, com necessidade do uso
de medicamentos por toda a vida, sendo as crises frequentemente incontroláveis
e então candidatos a intervenção cirúrgica. No Brasil já existem centros de
tratamento cirúrgico aprovados pelo Ministério da Saúde.
Como
proceder durante as crises:
- coloque
a pessoa deitada de costas, em lugar confortável, retirando de perto
objetos com que ela possa se machucar, como pulseiras, relógios, óculos
- introduza
um pedaço de pano ou um lenço entre os dentes para evitar mordidas na
língua
- levante
o queixo para facilitar a passagem de ar
- afrouxe
as roupas
- caso
a pessoa esteja babando, mantenha-a deitada com a cabeça voltada para o
lado, evitando que ela se sufoque com a própria saliva
- quando
a crise passar, deixe a pessoa descansar
- verifique
se existe pulseira, medalha ou outra identificação médica de emergência
que possa sugerir a causa da convulsão
- nunca
segure a pessoa (deixe-a debater-se)
- não
dê tapas
- não
jogue água sobre ela.
Tem cura?
A epilepsia é
uma doença que afeta o sistema nervoso e ela tem cura. Se o paciente for
diagnosticado precocemente e o médico receitar a medicação mais indicada para
ele e este seguir corretamente as suas orientações, as crises poderão cessar.
Uma
outra hipótese de tratamento para curar a epilepsia é a realização de uma
cirurgia no cérebro, mas esta não é indicada para todos, antes de indicá-la o
médico deve observar o paciente minuciosamente.
A
cirurgia para a epilepsia só é indicada para os casos em que a crise epilética
começa numa pequena área do cérebro, quando já tomou todos os tipos de
medicamentos, sem obter o efeito esperado ou quando a área do cérebro que entra
em crise pode ser retirada, sem comprometer a saúde do paciente.
Entretanto,
existem muitos casos em que o paciente não consegue ficar curado. Mas ao tomar
a medicação corretamente, as chances de uma nova crise são diminuídas e ele
poderá levar uma vida normal.
É transmissível ou hereditária?
Enquanto possa ser provocada por uma
doença infecciosa, a epilepsia, não é contagiosa, ninguém a pode contrair em contato
com um epiléptico.
Também, na maioria dos casos,
não pode ser transmitida aos filhos, para que estes a possam herdar, a
tendência para a doença já deve existir antes que uma pessoa sofra de epilepsia.
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