quinta-feira, 26 de março de 2015

Hoje dia 26 de março, é comemorado o Dia Mundial de Conscientização da Epilepsia




Hoje 26 de março, é comemorado o Dia Mundial de Conscientização da Epilepsia. Atualmente, 50 milhões de habitantes são portadores e, em todo ano, surgem 2,5 milhões de casos novos. No país, a população que sofre desta doença está em 3 milhões, o que equivale a 3%.

Por mais que exista preconceito acerca da doença, a epilepsia é mais comum do que se imagina. Segundo dados do coordenador do Departamento Científico de Epilepsia da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), dr. Luciano de Paola, 250 milhões de pessoas no mundo terão uma crise na vida.

É uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, que não tenha sido causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos e se expressa por crises epilépticas repetidas.
Causas
A causa pode ser uma lesão no cérebro, decorrente de uma forte pancada na cabeça, uma infecção (meningite, por exemplo), neurocisticercose ("ovos de solitária" no cérebro), abuso de bebidas alcoólicas, de drogas etc. Às vezes, algo que ocorreu antes ou durante o parto. Muitas vezes não é possível conhecer as causas que deram origem à epilepsia.
As crises epilépticas podem se manifestar de diferentes maneiras:
A crise convulsiva é a forma mais conhecida pelas pessoas e é identificada como "ataque epiléptico". Nesse tipo de crise a pessoa pode cair ao chão, apresentar contrações musculares em todo o corpo, mordedura da língua, salivação intensa, respiração ofegante e, às vezes, até urinar.
A crise do tipo "ausência" é conhecida como "desligamentos". A pessoa fica com o olhar fixo, perde contato com o meio por alguns segundos. Por ser de curtíssima duração, muitas vezes não é percebida pelos familiares e/ou professores.
Há um tipo de crise que se manifesta como se a pessoas estivesse "alerta" mas não tem controle de seus atos, fazendo movimentos automaticamente. Durante esses movimentos automáticos involuntários, a pessoa pode ficar mastigando, falando de modo incompreensível ou andando sem direção definida. Em geral, a pessoa não se recorda do que aconteceu quando a crise termina. Esta é chamada de crise parcial complexa.
O tratamento das epilepsias é feito através de medicamentos que evitam as descargas elétricas cerebrais anormais, que são a origem das crises epilépticas. Acredita-se que pelo menos 25% dos pacientes com epilepsia no Brasil são portadores em estágios mais graves, ou seja, com necessidade do uso de medicamentos por toda a vida, sendo as crises frequentemente incontroláveis e então candidatos a intervenção cirúrgica. No Brasil já existem centros de tratamento cirúrgico aprovados pelo Ministério da Saúde.
Como proceder durante as crises:
  • coloque a pessoa deitada de costas, em lugar confortável, retirando de perto objetos com que ela possa se machucar, como pulseiras, relógios, óculos
  • introduza um pedaço de pano ou um lenço entre os dentes para evitar mordidas na língua
  • levante o queixo para facilitar a passagem de ar
  • afrouxe as roupas
  • caso a pessoa esteja babando, mantenha-a deitada com a cabeça voltada para o lado, evitando que ela se sufoque com a própria saliva
  • quando a crise passar, deixe a pessoa descansar
  • verifique se existe pulseira, medalha ou outra identificação médica de emergência que possa sugerir a causa da convulsão
  • nunca segure a pessoa (deixe-a debater-se)
  • não dê tapas
  • não jogue água sobre ela.
Tem cura?
 A epilepsia é uma doença que afeta o sistema nervoso e ela tem cura. Se o paciente for diagnosticado precocemente e o médico receitar a medicação mais indicada para ele e este seguir corretamente as suas orientações, as crises poderão cessar.
Uma outra hipótese de tratamento para curar a epilepsia é a realização de uma cirurgia no cérebro, mas esta não é indicada para todos, antes de indicá-la o médico deve observar o paciente minuciosamente.
A cirurgia para a epilepsia só é indicada para os casos em que a crise epilética começa numa pequena área do cérebro, quando já tomou todos os tipos de medicamentos, sem obter o efeito esperado ou quando a área do cérebro que entra em crise pode ser retirada, sem comprometer a saúde do paciente.
Entretanto, existem muitos casos em que o paciente não consegue ficar curado. Mas ao tomar a medicação corretamente, as chances de uma nova crise são diminuídas e ele poderá levar uma vida normal.
É transmissível ou hereditária?
 Enquanto possa ser provocada por uma doença infecciosa, a epilepsia, não é contagiosa, ninguém a pode contrair em contato com um epiléptico.
 Também, na maioria dos casos, não pode ser transmitida aos filhos, para que estes a possam herdar, a tendência para a doença já deve existir antes que uma pessoa sofra de epilepsia.


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